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terça-feira, 29 de junho de 2010

Sobre o Amor



Homens e mulheres estão com medo e confusos. Não sabem se amam para serem amados, ou desprezam para esperarem que assim sejam respeitados. A única sorte seria duas pessoas preparadas com sentimentos verdadeiros, possuidoras de emoções sadias, encontrarem-se e, assim, conseguirem desfrutar da felicidade. Mas, a escassez, assim como água no deserto, parece desidratar a esperança, cansar o viajante e gerar miragens em quem não sabe mais onde está. Quem sonha em viver um relacionamento pleno, é tido como antiquado, pois isso agora causa risos, causa reprovação. A moda é cada um por si e quem vai dominar quem. O amor, não é mais aquele sentimento nobre, não na maioria dos casos. Ele foi tragicamente transformado em uma ferramenta de flagelo. Nesse momento, resta a capacidade de buscar o que se deseja; a perseverança no que se almeja; o diferencial de cada um em acreditar em si mesmo e saber que a vida devolve o que investimos nela. Lembremo-nos; "semear é opcional, colher é obrigatório".

Autor desconhecido

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fausto



"Se eu me acosto jamais em fofa cama,
contente e em paz, que nesse instante eu morra!
Se uma só vez com falsas louvaminhas
chegares por tal arte a alucinar-me
que eu me agrade a mim próprio; se valeres
a cativar-me com deleites frívolos,
súbito a luz da vida se me apague.
Vá! queres apostar?"

Fausto, Qdr V, Cena I 
Goethe

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mens sana in corpore sano





Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.




Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal. No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A tempestade


 
 
 
Muitos levantam a cabeça acima dos montes;
mas sua alma jaz nas trevas das cavernas.
A civilização é uma arvore idosa e carcomida,
cujas flores são a cobiça e o engano e cujas frutas
são a infelicidade e o desassossego.
Deus criou os corpos para serem os templos das almas.
Devemos cuidar desses templos para que sejam
dignos da divindade que neles mora.
Procurei a solidão para fugir dos homens, de suas leis,
de suas tradições e de seu barulho.
Os endinheirados pensam que o sol e a lua e as estrelas se levantam
dos seus cofres e se deitam nos seus bolsos.
Os políticos enchem os olhos dos povos com poeira
dourada e seus ouvidos com falsas promessas.
Os sacerdotes aconselham os outros,
mas não aconselham a si mesmos,
e exigem dos outros o que não exigem de si mesmos.
Vã é a civilização. E tudo o que está nela é vão.
As descobertas e invenções nada são senão brinquedos
com a mente se diverte no seu tédio.
Cortar as distâncias, nivelar as montanhas,
vencer os mares, tudo isso não passa de
aparências enganadoras, que não alimentam o
coração e nem elevam a alma.
Quanto a esses quebra-cabeças, chamados ciências e artes,
nada são senão cadeias douradas com os quais o homem
se acorrenta, deslumbrados com seu brilho e tilintar.
São os fios da tela que o homem tece desde o inicio
do tempo sem saber que, quando terminar sua obra,
terá construído a prisão dentro da qual ficará preso.
Uma coisa só merece nosso amor e nossa dedicação, uma coisa só...
É o despertar de algo no fundo dos fundos da alma.
Quem o sente não o pode expressar em palavras.
E quem não o sente, não poderá nunca conhecê-lo através de palavras.
Faço votos para que aprendas a amar as tempestades em vez de fugir delas.

Kahlil Gibran

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A finitude, o tempo e suas consequências.




A finitude como processo definitivo de exclusão não se deve ao fato de imprevisibilidade diante da incerteza do tempo, dos processos e atributos instituídos a diferentes modos de valoração em vida, ou após isso. Esse assunto, transposto de variáveis, em diferentes níveis não deveria, apesar de sim, nos causar transtornos e preocupações.


O tempo e suas conseqüências, quando bem vividos, implicariam em uma vida cuja própria preocupação peculiar não existiria. Para tanto, existe a vivência, o ego e a batalha do sempre mais, nos impedindo de aceitar muitas vezes o nosso próprio destino num mundo que denominam em crise. Ora mais, a crise do mundo representa a crise dos Homens, com seus motores psicossociais vorazes, capazes de gerar mudanças pessoais e sociais, implícitas nas ganâncias de muitos seres humanos, o que me faz pensar que essa é essa a vontade que move o mundo, como se nunca fosse haver um fim, numa tentativa louca de perpetuar o impossível. Que estamos em crise, é fato, porém a forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.


Todo esse progresso é necessário? O excesso atendendo exclusivamente aos poucos não faz dos muitos os miseráveis? Certa vez, ao tentar “forjar” uma explicação viável a um restrito grupo de amigos que ainda possui tempo pra me ouvir, descobri o quanto somos complexos e que muito do saber encontra-se oculto até mesmo em gestos e hábitos que possuímos no dia a dia. Cercando-me de perguntas, imaginaram que eu fosse o único responsável por perguntas sem respostas, justamente por apresentá-las. Afirmo que a construção é necessária e que uma visão de mundo Complexo é necessária, apesar de reiterar a dificuldade que isso significa. Por tanto meus amigos, vamos às perguntas, a prática e a atitude.


Enfim, pra evitar ser cada vez mais prolixo, gostaria de dizer a todos que me lêem: Vamos viver a vida, pois o que ela significa é outra história. Não se espante se o mundo realmente fica a nos testar. Tudo é válido? Faça valer, jogue o jogo e faça as regras se necessário...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tempo!

 
O tempo se foi e a canção terminou
Pensei que tivesse algo mais a dizer
Nunca você parece ter tempo
Planos que tampouco deram em nada
As horas passam marcando os momentos - Tempo!
Parei pra ouvir o Tempo!
que continua dizendo:
-Estou indo, já fui, sou e ainda vou ser...
- Pois que seja, um dia eu te pego!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A solidão amiga



A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, “parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis“. A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: “Como se comporta a Sua Solidão?“ Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“ Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que “o inferno é o outro.“ Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:

“Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz – ela me fala com ternura e felicidade! Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas. Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.

Ali as palavras e os tempos
poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar.“

E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, “certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa – garrafa, prato, facão – era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia.“

Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: “As obras de arte são de uma solidão infinita.“ É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.

E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:

“...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília...“

Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.

O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.

Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.

Rubem Alves

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Ponto


"Cada um coloca seu ponto final onde quer, onde pode. Colocá-lo o mais longe possível, obriga-nos a sermos um pouco mais sábios e um pouco menos pretensiosos"

Jean-Yves Leloup

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pessoas melhores para tornar o mundo melhor


No contexto de alienação que nos encontramos hoje em dia, é absolutamente respeitável que alguns pessoas consigam fazer um profundo mergulho em sí mesmas, buscando se conscientizar de quem são e como podem se melhorar. Errar, errar, até que um dia quem sabe poder acertar. O prazer está na busca e nessa cada qual trilha um caminho, onde quem sabe, todos um dia possam se encontrar. A única pessoa na qual ainda podemos acreditar somos nós mesmo e já dizia o antigo, "Os lábios da Sabedoria estão selados, exceto aos ouvidos do entendimento"...

Agradecimentos ao Blog Casa do Conhecimento

sábado, 20 de junho de 2009

Se impossível fosse


Há momentos em que eu realmente não sei mais o que se passa a respeito da quebra de seqüência lógica em minha vida, principalmente por aceitar e agir de modo a querer compreender o Caos, pois em se tratando disso não há quem escape, não nos tempo de hoje.

Caos | s. m.


caos (á-os)
s. m.
1. Confusão dos elementos antes da criação do universo.
2. Fig. Confusão.
3. Desordem.
4. Perturbação.


É coisa demais, gente demais, e até as coisas de menos estão se acumulando! A bagunça a minha volta acaba imprimindo a própria falta de atenção dos seres humanos, e ai há sempre uma desculpa interessante a ser seguida: “-Ah que seja, deixa rolar, o mundo é assim mesmo e as pessoas jamais irão mudar!” o que por meio se torna Ordem para sí. Saber o que é certo e não fazê-lo é a pior covardia, mas essa não é a minha preocupação, há possibilidades demais pra quem procura viver uma vida com tantos aspectos de mudança e simplicidade que, toda essa ingerência sobre a ordem me faz sentir constantemente impulsos que chegam a me dar náuseas. A falta de equilibrio entre o caos e a ordem e a vontade de potência pode matar qualquer um, inclusive você e eu.

Quem me conhece sabe do que eu estou dizendo, é como se eu nem precisasse pular de um pára-quedas pra sentir adrenalina. Acredite (e se não for algo muito absurdo) que meus desejos de mudança acabam - juntamente com as emoções, marcando cada vez mais forte a minha vontade de tudo transformar, chegando ao ponto de abandonar muitas pessoas, senão a mim mesmo: isso de certo modo já está acontecendo, porém não é isso que eu quero.

É difícil eu sei e a vida não é mesmo fácil, mas nesse momento talvez haja emoção demais e lógica de menos, pois no mínimo ando pertubado, e o que eu me tornei se tornou oneroso demais pra ser verdade. Urge um novo universo.