Hoje temos informação demais e compreensão de menos. É preciso recriar a ideia de comunicação reformando o pensamento através da aplicação de um novo humanismo, considerando que o ser humano, diferente de todos os outros seres naturais, possui uma característica que lhe é particular, a consciência, que se manifesta como saber. Hoje, muitos se sentem mais informados e, ao se sentirem mais informados, se acham mais sábios, alguns até, genios individuais. De maneira nenhuma, ninguém se achou idiota coletivo, muito pelo contrario. Já a informação é o escudo que os homens usam para se proteger e justificar a ausência do verdadeiro diálogo; e por que não pensar uma ciência capaz de aproximar os seres humanos e seus saberes num espirito de diálogo? Inexiste o universo de partilha, e a capacidade de tornar comum saberes e condições materiais e espirituais de vida, porém todo individuo pode encontrar na comunicação um caminho para o diálogo transdisciplinar com as outras formas de conhecimento que a vida, inevitavelmente, se encarrega de lhe oferecer...ainda somos naturais? Não estamos tão longe assim...
3 comentários:
Samuel,
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Oi Samuel. Gostei de sua reflexão. Ás vezes me incomodo com tanta informação! Parace que não há paz! Não há epsaço para pensar no que acontece, para senitr, para meditar.
Li outro dia que nosso cérebro é "limitado" e que para uma nova infomação outra tem que sair.
É tanta coisa ao mesmo tempo que não conseguimos sair da superficialidade. Essa matéria que eu li e acabei de mencionar, por exemplo... só lembro disso!
Vou aproveitar o feriado para viver a vida, tomar sol de inverno, dormir até tarde, fazer bolo chocolate, espremer duas dúzias de laranja e tornar suco de verdade, passear com meu cachorro, visitar minha mãe, abarçar arvores e não adquiri informação nenhuma! =)
Informação para todos, e não em âmbito restrito e medieval, segregadando o acesso a algumas classes. Educação, que não significa treinamento para responder questões de vestibular. Criticidade, mais responsabilidade com nossas escolhas, com o nosso lixo, com o que produzimos e consumimos. Direito de todos serem respeitados em suas diferenças e idiossicrasias e, respeito a todos os sentimentos humanos que são comuns a todos, às diferenças e igualdades partes do mesmo todo. Repensar o que está contido em cada diálogo, o que vai além do sentido literal ou encaixotado que dão às palavras! É preciso repensar! Mas eu creio na nossa infinita capacidade, é possível.
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