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domingo, 4 de janeiro de 2009

Sobre as origens da guerra




"Como o ritual próprio, a guerra se executa através de um intermediação de gestos, de posturas e de modos de falar. Os soldados são idênticos e estruturados de uma maneira regular. As formações da violência organizada, com suas colunas e suas linhas são como a agricultura com seus sulcos, classificados sobre uma quadra (34). Controlados e disciplinados são também úteis para a ritualização dos comportamentos, que são sempre o meio para uma grande construção da autoridade. "

"As expressões de poder são a essência da civilização, o centro principal da ordem patriarcal. Pode-se pensar que a dominação masculina sistemática é um subproduto da guerra. A subordinação ritual e a desvalorização das mulheres é certamente o fruto da ideologia do guerreiro que tem valorizado cada vez mais as atividades masculinas e diminuído a interações das mulheres."
"Não mudou grande coisa desde que a guerra foi instituída pela primeira vez, enraizada no ritual e encontrando terra fértil na domesticação. Marshall Sahlins primeiramente apontou que o crescimento do trabalho segue o desenvolvimento da cultura simbólica. Pode se dizer que a cultura gera a guerra, apesar das declarações contrárias. Depois de tudo, o caráter impessoal da civilização se desenvolve com o surgimento do simbólico. Os símbolos (por exemplo as bandeiras nacionais) permitem a nossa espécie desumanizar os nossos semelhantes, o que possibilita a carnificina sistemática dentro da espécie."

texto completo:
http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2009/01/436491.shtml

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